quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Estratégia, Cultura e Desenvolvimento - O Brasil continua o mesmo...

Pessoal,

E o Brasil acorda nessa manhã de quinta-feira, mais uma vez, com o ar da impunidade e da negligência da moral e ética. Aliás, que palavrinhas que estão deturpadas...

Mas enfim, o que tem a ver a NÃO cassação do "nosso Nobre Senador" com Estratégia e Desenvolvimento do Brasil? Ora, tudo a ver!!! O Brasil mais uma vez deu o velho sinal de "credibilidade" ao resto do mundo. Não que isso não fosse previsível, mas enfim, ao menos eu acreditava na cassação...Isso tudo mostra que o Brasil NÃO é sério e que "Invesment Grade" já poderia ter chegado muito antes se não fosse essa palhaçada de descrédito das instituições brasileiras!

E a Estratégia, as Organizações e o Desenvolvimento do país onde entram nessa história? Como traçar estratégias, planos de ação em torno da internacionalização de nossas empresas para que um dia possamos nos orgulhar de nossas várias multinacionais brasileiras sem que essas tenham de sofrer para isentar sua imagem da roubalheira que assola o país? Difícil, talvez impossível e, mais uma vez, rogamo-nos a vislumbrar o Brasil, país do futuro!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Empresa de Serviços: Do "Know-how" ao "Know-who"

As relações de negócio, geralmente, iniciam-se com a confiança ou um voto de confiança do consumidor no fornecedor, ou seja, o consumidor acredita que o produto atingirá a finalidade prometida pelo fornecedor. Assim, as pessoas compram produtos ou serviços por confiarem tanto na qualidade do produto/serviço a ser prestado como na pessoa do vendedor. Assim, ao teorizar-se sobre a concorrência cada vez mais intensa nos diversos ramos dos negócios, percebe-se que o diferencial competitivo de um determinado negócio pode iniciar na sua habilidade de captar a confiança de seu potencial cliente nos produtos e serviços que a empresa oferece ao mercado.

É importante lembrar que a venda de produtos também evolve a confiança do comprador no vendedor. Contudo, vamos falar especificamente de empresas prestadoras de serviços comoditizados, tal como as profissões clássicas de advogado, dentista, médico, etc.

Alguns anos atrás, quando o número de ofertas de serviços era menor, a existência de laços de confiança não significava um diferencial competitivo, pois a confiança entre comunidade e o empresário já estava estabelecida. Explico: como existiam poucos fornecedores de certos serviços, mencionados fornecedores já eram previamente conhecidos de seus potenciais clientes ou eram amigos de amigos dos potenciais clientes (boca-a-boca). Nesses casos, o requisito confiança já estava previamente preenchido. Logo, o diferencial competitivo estava unicamente no “know-how” (o que você conhece) do empresário, pois o laço de confiança já existia.

Contudo, com o aumento do número de fornecedores oferecendo os mais variados serviços, a antiga realidade fragilizou o “know-who” (quem você conhece), o qual se tornou exceção entre empresários e a maior parte de seus potenciais clientes.

Nesse sentido, os potenciais clientes ficaram imersos em uma gama quase infinita de oferta de serviços de aparente igualdade, ou seja, o “know-how” percebido passou a ser uma commodity de mercado. Assim, um determinado serviço pode ser visualizado como de fácil obtenção, o que dificulta ao cliente selecionar o melhor prestador de serviço, pois existem vários prestadores de serviço que realizam o mesmo serviço com aparente igualdade técnica.

Dessa maneira, a questão da confiança baseada no “know-who” passa a ser mais uma maneira de criar um diferencial na área de serviços que influencia a escolha do cliente, pois este não ficará perdido entre as diversas ofertas do mercado e escolherá aquele prestador no qual possui confiança. Quantos clientes você já conseguiu por estes serem seus amigos ou conhecidos de seus amigos? Quantos serviços sua empresa já não conseguiu por meio de indicação de seus atuais clientes (boca-a-boca)?

As duas perguntas acima, que se baseiam na rede de contatos e no marketing boca-a-boca, significam que seu cliente escolheu seu serviço por meio de um laço baseado na confiança. Portanto, é muito importante que o empresário saiba explorar sua rede de contatos por meio da criação e da manutenção de laços de confiança com as pessoas. O cuidado da referida rede será mais um diferencial competitivo de longo prazo dos serviços, pois diferenciação pode não estar apenas no seu conhecimento, mas na confiança, amizade ou rede de relacionamento em comum que o empresário mantêm com os atuais e potenciais clientes.

Para concluir: uma empresa prestadora de serviço precisa cuidar tanto de sua capacidade técnica (know-how) como de sua rede de relacionamentos (know-who), esta hodiernamente muito fragilizada pela nossa atual organização social que despessoaliza os contatos pessoais e fragiliza os laços humanos de confiança.

domingo, 22 de julho de 2007

Brasil do futuro!!???

Desde o tempo de meu avô vive-se em ouvir esta frase: "Brasil, o país do futuro!!!" e, seguidamente, geração a geração, esforços em cima de esforços, presenciamos o adiamento desse acontecimento. O mais novo exemplo disso foi a Crise do Setor Aéreo que culminou com os dois maiores acidentes aéreos já registrados no país. E. mais uma vez, vemos nossa oportunidade de ser um país desenvolvido sendo adiada. Mas como isso pode ocorrer?
Estamos período a período tendo os juros reduzidos, ganhando competividade nesse sentido a tanto tempo perdida, a economia vai bem e, para variar, onde está o entrave??? Na infra-estrutura do país, eternamente falha e que mostra cada vez maiores sinais de esgotamento. Para aguentar os sucessivos crescimentos econômicos do país quem pareciam estar pela frente, mas que podem não se concretizar, precisaríamos de investimentos crescentes nessa área. Caso não se invista rapidamente em portos, estradas, geração e transmissão de energia, novos e melhores terminais aéreos e por aí vai, novamente teremos o "Brasil do futuro" continuando no futuro...E o governo, não só este que aí está, mas todos os outros, já mostrou que não é capaz de ser efetivo nessas soluções, faltando desde planejamento a ética para capitanear um desenvolvimento histório no país. Diga-me você, como escapar dessa "sinuca de bico"!!!???

sábado, 7 de julho de 2007

Sete licões da Apple (que podem turbinar qualquer empresa)

Pessoal,


Abaixo reproduzo a introdução da matéria da última revista Exame que fala da empresa, em termos de inovação, mais badalada do mundo, a Apple. Essa mesma, de Steve Jobs, pioneira nos computadores pessoais e responsável por boa parte do ambiente que utilizamos em nossos computadores hoje em dia.

A empresa que é alma do líder, da sua criatividade, de sua inovação voltada ao cliente. Como repetir essa fór mula de sucesso em outras empresas que gastam zilhões de dólares e não enxergam retorno. Essa é uma dúvida que paira em minha cabeça também. Como inovar, como criar esse ambiente na corporação? Será que isso é reflexo somente de um grande líder? Deixo para que comentem a respeito.

Sete licões da Apple (que podem turbinar qualquer empresa)

| 28/06/2007

A chegada do iPhone ao mercado americano é a mais nova tacada de uma companhia que se transformou num ícone do capitalismo. O que aprender com a surpreendente empresa comandada por Steve Jobs

Por Ricardo Cesar

Revista Exame

Há dez anos a Apple não passava de uma fabricante de computadores combalida. Com prejuízos seguidos, seu principal produto -- o Macintosh -- era vendido apenas para designers ou viciados em tecnologia. Ao longo de uma década, período relativamente curto mesmo para um setor frenético como o de tecnologia, a empresa passou de obsoleta a vanguardista, de companhia de nicho a fabricante de produtos de massa, de marca enfraquecida a ícone de modernidade e sucesso. A chegada do iPhone às lojas americanas no dia 29 de junho é mais um evento de coroação dessa dramática transformação. Apresentado pela primeira vez em janeiro, o aparelho -- um misto de telefone celular, tocador de músicas e vídeos digitais e computador de bolso -- tornou-se objeto de desejo seis meses antes de aterrissar nas prateleiras. Assim como outros produtos da Apple, o iPhone é muito mais que uma obra de inovação. Ele é o resultado de um planejamento meticuloso, que inclui parcerias com fornecedores exclusivos, centenas de patentes para proteger o produto de uma concorrência sempre voraz e um esforço brutal para entender os desejos do consumidor. Se não bastasse tudo isso, o iPhone é bonito e conta com Jobs, uma mistura de empresário com executivo e astro pop, como garoto-propaganda. Aos 52 anos de idade, o fundador da Apple teve uma vida que renderia filme em Hollywood -- abandonado pela mãe num orfanato, adotado por uma família de classe média baixa, aluno brilhante e rebelde, criador de uma empresa no Vale do Silício aos 20, expulso de sua companhia aos 31, salvador do negócio aos 40, midas aos 50. "Steve Jobs não é um inovador", afirmou o filósofo Ted Nelson, uma das maiores autoridades do mundo em internet. "Ele é um excelente diretor. As pessoas mostram dezenas de coisas a ele. Jobs sabe enxergar quais são as mais inovadoras e monta um belo filme." Em 2007, o "belo filme" dirigido por Jobs deve gerar receitas da ordem de 23 bilhões de dólares e lucros na casa dos 3 bilhões de dólares.

A figura midiática e genial de Jobs no centro da Apple pode dar a impressão de que a fórmula de seu sucesso jamais poderá ser reproduzida. Não é assim. A Apple oferece uma série de lições que podem ser seguidas por empresas de todos os setores, tamanhos e origens. "O cuidado de Jobs em estabelecer seu espaço no mercado é simplesmente fenomenal. Precisamos aprender isso", disse recentemente o italiano Sergio Marchionne, presidente mundial da Fiat. Tal como a Toyota, que se tornou referência internacional de eficiência, a Apple é hoje modelo para o mundo dos negócios. A seguir, suas sete principais lições.

domingo, 1 de julho de 2007

Blog Insight Estratégico é notícia no Baguete


O site Baguete, importante portal de jornalismo da área de TI, a fim de divulgar aos seus leitores o trabalho do Insight Estratégico, publicou a matéria Advogado e gerente da GSI lançam blog sobre gestão. A equipe do Insight Estratégico agradece a divulgação, visto que o Baguete é destaque na área de jornalismo digital, circunstância que prestigia e valoriza o trabalho até o momento realizado no Insight. Acreditamos que estar na mídia do Baguete é estímulo para aperfeiçoar e investir com mais força na iniciativa do Insight Estratégico. A intenção do blog é proporcionar um espaço de discussão e aprendizado sobre empreendedorismo, gestão e estratégia empresarial. Agradecemos ao Baguete, mais uma vez, por contribuir e apoiar a nossa iniciativa.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Empreendedorismo no Salão de Beleza!!!

Pessoal,

Todos que me conhecem sabem da minha paixão pelo empreendedorismo, das minhas iniciativas como empreendedor e de quanto gosto de difundir isso para disseminar o "vírus" empreendedor ao maior número de pessoas para que possamos ver nosso país, quem sabe em breve, não ser mais o "país do futuro".

Para ilustrar mais uma vez um exemplo de empreendedorismo genuinamente brasileiro, aliás um dos empreendimentos por necessidade mais comum no Brasil, só que dessa vez comparável aos melhores exemplos de empresa rentável, lucrativa e extremamente bem gerenciada. Essa empresa chama-se Beleza Natural e tem apoio do Endeavor, outra iniciativa de grande valia para disseminar o "vírus" empreendedor no Brasil. Abaixo, confiram então a entrevista da empreendedora que trouxe esse lindo exemplo para vários brasileiros.

Entrevista
22/06/2007
A inspiradora história do Beleza Natural
A Empreendedora Endeavor Leila Velez tem entre suas qualidades a persistência. “Independentemente dos problemas, desistir jamais”, diz ela. Ao lado do marido, Rogério Assis, e dos cunhados Heloísa Assis, a Zica, e Jair Conde, Leila é sócia do Instituto Beleza Natural, rede de estabelecimentos especializados em cabelos crespos e ondulados. O grupo comanda uma equipe de cerca de 700 colaboradores que trabalham em suas seis unidades, cinco no Rio de Janeiro e uma em Vitória, no Espírito Santo; na fábrica de cosméticos Cor Brasil, fabricante dos produtos utilizados por seus cabeleireiros, e em um Centro de Treinamento.

A obstinação marca sua trajetória. De gerente de loja da rede Mc Donald’s a empreendedora de sucesso, um longo caminho teve de ser percorrido. A história de Leila foi permeada por muitos desafios, a começar pela falta de dinheiro para divulgar o primeiro salão. “Tivemos que colocar muitas coisas em segundo plano, até mesmo a própria família”, afirma. Atualmente, o Instituto apresenta uma produtividade muito maior do que a de um salão normal, atendendo cerca de 800 pessoas por dia em cada loja. Em entrevista exclusiva, ela conta que a idéia é continuar crescendo. “Em 2008, pretendemos abrir uma filial em São Paulo”.

Como surgiu a proposta o Instituto Beleza Natural?
Leila – Foram duas histórias que correram em paralelo. De um lado, a Zica, apelido da Heloísa, minha cunhada, que com 21 anos resolveu ser cabeleireira e passou 10 anos pesquisando novas fórmulas que pudessem transformar o cabelo crespo. O Rogério, irmão da Zica e meu marido, ajudou no processo servindo como cobaia em determinados momentos. Eu e o Rogério, por outro lado, trabalhávamos no Mc Donald’s. Começamos como atendentes de lanchonete e fomos promovidos até chegar ao nível gerencial. Lá, aprendemos muita coisa sobre administração, trabalho em equipe, processos, controle de qualidade. Tínhamos vontade de abrir um negócio próprio. Resolvemos abrir o Instituto Beleza Natural juntando o produto da Zica, totalmente inovador, com uma técnica de gerenciamento de salão completamente diferente. A intenção era fazer com que os clientes se ativessem à empresa e não a um determinado profissional, como normalmente acontece em salões de beleza.

E o primeiro salão?
Leila – Nós não possuíamos recurso nenhum. O salão era superpequeno e não tínhamos dinheiro pra divulgação. Nós fazíamos da faxina à pintura na parede. Apesar disso, nós sempre tivemos um carinho muito grande com os clientes e o salão era sempre muito limpo, muito organizado. Aos poucos, no boca a boca, os próprios clientes trouxeram a família, seus amigos e, assim, fomos crescendo. Logo, precisamos distribuir senha de atendimento, pois não era viável atender a todos.

Quantas pessoas vocês atendem por dia?
Leila – Nós temos uma produtividade muito maior do que um salão normal: são até 800 pessoas por dia em cada loja. Hoje, nós temos ainda uma espera média de 4 horas para o atendimento. A senha ainda existe, mas continuamos com o mesmo desafio de crescer rápido.

Do que vocês tiveram que abrir mão para investir no projeto?
Leila – Tivemos de colocar muitas coisas em segundo plano, até mesmo a própria família. Se a pessoa não se dedica de corpo e alma ao negócio, não funciona. Na verdade, eu acho que a gente vai fazendo escolhas ao longo do tempo. Por exemplo: nós sempre optamos por reinvestir todo lucro no próprio negócio. Em alguns momentos tivemos que abrir mão de conforto pessoal, de algumas aquisições materiais. Acho que é isso que faz a empresa crescer e dar certo.

Quais foram os desafios iniciais?
Leila
– Desafio é o que não faltou. A questão da credibilidade é muito séria. Para nós, abrir uma conta no banco era difícil, quem diria conseguir financiamento. Fornecedores também diziam que nossa idéia não interessava. Em função disso, acabamos construindo nossa própria fábrica para criar a inovação. Outro grande desafio é o número de impostos abusivos, que representa um custo enorme para a empresa. Na verdade, tudo é complicado para o pequeno. Na medida em que a empresa cresce, tendo um pouco mais de escala, as coisas ficam mais fáceis.

Você pensou em desistir em algum momento?
Leila
– Não. Nós penamos bastante, mas desistir nunca. Quando abrimos a fábrica, estávamos abrindo uma nova unidade ao mesmo tempo. Então acabamos atrasando alguns impostos, mas nunca pensamos, por exemplo, em demitir as pessoas. Independentemente dos problemas, desistir jamais!

Como o Beleza Natural mudou sua vida?
Leila
– Mudou tudo! Eu tinha um sonho e consegui transformar esse sonho em negócio. E o meu sonho transformou-se em sonho de centenas de pessoas. Hoje, nós temos 700 colaboradores. E percebemos que a transformação de nossas vidas multiplica-se na vida e na família de 700 pessoas, que daqui a pouco serão 1.000, 7.000! Alguns colaboradores falam para a gente: nessa empresa, eu voltei a sonhar, a acreditar que é possível. Acho que essa é a principal transformação: trazer a esperança, o sonho, fazer com que mais pessoas acreditem e continuem crescendo sempre.

Qual a importância em ser um Empreendedor Endeavor?
Leila
– A Endeavor é esperança. Eu acho que ser um Empreendedor Endeavor é ter a certeza de que seu sonho é crível para você e um grupo muito fantástico de outros empreendedores, de voluntários e de pessoas que estão afim de fazer o país crescer, de dar oportunidade de emprego para outras pessoas. Empreender é dar oportunidade e a Endeavor é a oportunidade para a empresa, nos ajudando a tomar decisões estratégicas que vão viabilizar mais empregos, uma expansão mais rápida, mais segura e mais sólida. Ser um Empreendedor Endeavor é um grande privilégio, e eu gostaria que no Brasil, milhares de outras empresas pudessem ter a mesma oportunidade.

Como a Endeavor auxiliou nas conquistas do Beleza Natural?
Leila
– Nós somos Empreendedores Endeavor desde 2005 e, no momento, estamos passando por um processo de reorganização para expansão, na qual a Endeavor é muito importante. A Endeavor também ajudou a criar novos planos de expansão. Para isso, duas equipes com profissionais de altíssimo nível do centro universitário americano Massachusetts Institute of Technology (MIT) passaram alguns meses conosco. A Endeavor ajudou muito na divulgação da empresa e por isso a marca Beleza Natural é muito mais conceituada.

Quais são os desafios atuais?
Leila
– O principal deles é continuar crescendo cada vez mais rápido, sem perder a qualidade e mantendo a cultura de valorização das pessoas. Quanto mais você cresce, torna-se mais desafiador escolher as pessoas corretas, treiná-las da melhor forma para que elas consigam passar esse amor em servir adiante. Afinal, não adianta crescer sem manter essa qualidade. Também é um desafio conseguir financiamento para esse crescimento. Em 2008, pretendemos abrir uma filial em São Paulo.

Existe hora certa para expandir o negócio?
Leila
– A hora é já! Acho que a forma é que deve ser muito pensada. No nosso caso, com a ajuda de alguns voluntários da Endeavor, nós fizemos uma análise muito séria de quais seriam as vantagens e as desvantagens de crescer por meio de franquias. No final, acreditamos que não seria a melhor escolha num primeiro momento. A velocidade do crescimento também deve ser calculada para que a empresa não se perca. Deve-se crescer de forma sustentada porque crescer rápido é fácil, mas manter esse crescimento de maneira sustentável é muito mais difícil.

Quais foram as principais dicas da Endeavor na expansão?
Leila
– Um grande divisor de águas foi a análise para colocar um diretor-geral que assumisse o lado mais pragmático da gestão. Contratamos um diretor em novembro do ano passado e, de lá pra cá, nós sentimos um grande impacto positivo na empresa. E isso foi uma interferência direta da Endeavor, pois eles vieram nos conscientizando dessa necessidade ao longo do tempo.


Como integrar uma equipe de colaboradores em constante crescimento?
Leila
– Nós procuramos fazer uma série de ações que começam na forma como nós tratamos os funcionários no dia-a-dia. Além disso, todos os sócios procuram servir de exemplo para os colaboradores em relação ao atendimento e postura. Para isso, nós desenvolvemos um calendário com eventos voltados para equipe. Um deles é o Cantina da Mama Zica, no qual oferecemos um dia de pizza para todos os colaboradores. A diretoria é quem faz a pizza, a massa, o recheio e nós servimos as mesas. Além do trabalho de integração, nós damos o exemplo de como nós queremos que nosso cliente seja servido.


Quais são conselhos úteis para quem ter um negócio próprio?
Leila
– A principal questão é acreditar muito no sonho. Acreditar que é possível, por mais difícil que seja, por mais obstáculos que você encontre. Você precisa acreditar muito e saber que vai passar por coisas muito difíceis, por momentos desafiadores, por momentos onde você não terá nada para te sustentar além do seu próprio sonho. Além disso, novos empreendedores devem manter o pé no chão e procurar saber se seu sonho é viável, avaliando o mercado e a concorrência para que seu negócio esteja o melhor estruturado possível.

E como separa razão e emoção no trabalho em família?
Leila
– É um desafio todos os dias. A gente tem que ter claro que o lado sentimental deve ser separado do lado profissional e olhar com muito respeito e admiração aqueles pontos complementares aos seus. Nós somos quatro e nossa complementaridade funciona muito bem nos negócios. É importante definir um critério de como as decisões serão tomadas, pois quando surge uma diferença de opinião, devemos saber como essa diferença será gerida.
Fonte: Instituto Empreender Endeavor

domingo, 10 de junho de 2007

Keith Ferrazzi: “Networking Action Plan”



Estou lendo o livro "Nunca Almoce Sozinho!" do autor Keith Ferrazzi. Já no capítulo 3 encontrei um interessante “Networking Action Plan” (Plano de Ação de Networkting) que em minha ótica é um complemento essencial a qualquer planejamento estratégico realizado em qualquer espécie de negócio. Atualmente, manter e conquistar clientes depende de uma consistente política de relacionamento. Ademais, a rede de relacionamentos de qualquer pessoa é como a web, quanto mais pessoas entram na rede mais ela vale.

Transcrevo o breve resumo do modelo de plano de networking descrito no livro:

“O Plano se subdivide em três partes: a primeira parte é dedicada ao desenvolvimento das metas que nos ajudarão a cumprir nossa missão. A segunda parte é dedicada a aproximar essas metas de pessoas, lugares e coisas que nos ajudarão a levar a tarefa a bom termo. E a terceira parte ajuda a decidir a melhor forma de entrar em contato com as pessoas que nos ajudarão a conquistar nossas metas.”

Basicamente, o plano proposto por Ferrazzi inclui algo pouco descrito na literatura de planejamento: “quais pessoas precisamos atingir? Como iremos atingir tais pessoas?”

Assim, uma recomendação para os planejadores é pensar também naquelas pessoas que são essenciais para fazer o plano dar certo. Portanto, não basta saber quais instituições, empresas e pessoas queremos como cliente, é preciso perguntar-se: quem devemos conhecer para viabilizar a captação dessas pessoas como clientes? Quem pode ajudar e facilitar a execução das metas fixadas no planejamento estratégico?

Recomendo a leitura do livro para aqueles interessadas em dar um “upgrade” em seus planos.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

"You've got to find what you love"

Pessoal,

Eu já havia lido a íntegra desse discurso, mas nunca tinha encontrado-o para assisti-lo. Hoje, pela manhã, lendo o Blue Bus (www.bluebus.com.br), descobri que ele está no You Tube em 2 partes e legendado em português. Vale a pena assistir. É uma aula da "vida", um exemplo de empreendedor, mas principalmente de como fazer o que se gosta e, ainda por cima, fazer muita diferença no mundo. De quem estou falando? De Steve Jobs, Fundador da Apple, Next e Pixar, que nunca graduou-se na faculdade mas acabou sendo convidado para ser paraninfo de uma turma na famosa Stanford University do Vale do Silício, Califórnia, Estados Unidos.

Parte 1



Parte 2

domingo, 27 de maio de 2007

Tem 13 anos e já é CEO de uma startup

Tem 13 anos e já é CEO de uma startup



O San Francisco Chronicle abre o site hoje com uma ótima matéria sobre jovens empreendedores no Vale do Silício.

Anshul Samar [foto], CEO da Elementeo, pretende alcançar em um ano uma receita de US$ 1 milhão com a sua startup, que desenvolve um jogo que ensina química a estudantes. Detalhe: Anshul tem apenas 13 anos.

Ben Casnocha, 14 anos, fundou a Comcate Inc., que fornece uma ferramenta de gerenciamento de agências públicas. Pretende lançar em breve um livro, "My Startup Life," no qual conta a sua experiência de ser CEO aos 14 anos.

São CEO's cada vez mais jovens que surgem no Vale Silício. Dependedo do mercado, acabam saindo na frente. Pequenas empresas, como a de Anshul, têm como vantagem competitiva o fato de terem um público-alvo com a mesma faixa etária de seus CEO's. No final das contas, empresa e consumidores falam a mesma linguagem e tem os mesmos conceitos.

PS - Apesar de infelizmente termos uma cultura de negócios e uma política educacional diferentes, temos alguns bons exemplos aqui, no Brasil [não tão novos em idade como o pessoal do Vale do Silício]. Os primeiros nomes que me vêm à cabeça são - o Marco Gomes, do Boo-box, os cariocas do Videolog e o pessoal da Iron Internet, em Santos, no litoral de São Paulo.

A notícia acima, originalmente publicada no San Francisco Chronicle e vista por mim no Blog do Tiago Dória (http://tiagodoria.blig.ig.com.br) mostra o poder da cultura empreendedora dos americanos. Eles podem ter todos os defeitos do mundo, incluindo aí as patologias sociais de países desenvolvidos como a última que vimos ultimamente, do assassinato em massa de estudantes na Virgina Tech University. Entretanto, quando falamos na capacidade de gerar empreendimentos inovadores, não há nenhum país com maior potencial empreendedor. Jovens com a cultura da startup denotam muito o espírito que vive principalmente o Vale do Silício na Califórnia, onde surgiram empresas como HP, Google, Yahoo, Intel e várias outras. Assim, gostaria de deixar um questionamento que me intriga muito. O que tem os EUA a ponto de criar uma cultura empreendedora tão forte?

domingo, 20 de maio de 2007

Mandicas de Empreendedorismo


Estive em São Paulo no dia 16/05/2007 e aproveitei o convite do Endeavor para assistir a palestra do empreendedor Aleksandar Mandic e participar da sessão de autógrafos de seu livro :mandicas. Posso dizer que a palestra foi excelente. O tema do colóquio foi a história do empreendedor Aleksandar Mandic e os diferentes negócios nos quais investiu ao longo dos anos.

Um breve resumo da carreira do empreendedor pode ser descrito nos termos abaixo.

Em outubro de 1990, Mandic abriu um negócio no quarto de hóspedes de sua casa, um BBS (Bulletin Board System), sistema de troca de arquivos anterior à Internet. Em 1993, Mandic deixou a Siemens, onde trabalhou por 17 anos, para se dedicar exclusivamente ao BBS, que rendia US$ 80 por dia, o que lhe garantia um salário de cerca de US$ 2 mil por mês. Essa atitude foi uma escolha de risco que caracteriza o comportamento empreendedor de Mandic.

Ademais, Mandic manteve a empresa em casa até 1995, época em que começava o uso comercial da Rede, e transformou seu BBS no primeiro provedor comercial brasileiro, o Mandic.com. Em 1997, o BBS atingiu 95 mil usuários. O faturamento cresceu em proporções vertiginosas, passando de US$ 3 mil para US$ 10 milhões.

Nesse período ele realizou várias “jogadas” criativas que garantiram a sustentação e a viabilidade de seu negócio para vencer a concorrência. Essas “jogadas” foram verdadeiras saídas de gênio que deixaram a concorrência comendo poeira e confirmaram o diferencial competitivo de Aleksandar Mandic: criatividade.

Em 1999, Mandic enriqueceu ao vender seu provedor para o grupo argentino Impsat, controlador do O Site. Depois disso, vieram os provedores de acesso gratuito, período no qual Mandic ajudou a criar o iG.

Hoje a Mandic oferece um sofisticado sistema de e-mail com espaço ilimitado, o mandic:mail que fornece, entre outros benefícios, assinatura digital e criptografada, memória ilimitada, duplo antispam, sistema antivírus na entrada e saída das mensagens e ambiente livre de propaganda. O sucesso do atual negócio está na estratégia de diferenciação em relação os demais sistemas de e-mail.

Quanto à palestra, o que mais chamou a atenção foram as máximas ou mandicas de Aleksandar, tais como: “Pense grande! Você já ouviu falar de Alexandre, o Médio?”. Nesse ponto Mandic explicou que ninguém perde nada por pensar grande, visto que é possível fracassar mesmo pensando pequeno.

Outro ponto importante da palestra foi a mandica: “é melhor errar rápido do que acertar lento.” Nessa mandica percebo a visão do comportamento empreendedor que sabe aproveitar oportunidades, pois não basta fazer, é preciso fazer e fazer rápido! Caso contrário, não será possível tirar o máximo proveito das oportunidades observadas.

Outra mandica interessante foi a frase: “o que você pensa de mim é problema seu e não problema meu”. Nesse sentido, posso concluir que: para empreender é preciso possuir a coragem de ousar e fazer diferente sem temer o que os outros vão pensar. O ser humano, geralmente, gasta seu tempo preocupado com o juízo que as outras pessoas fazem dele, quando, na verdade, deveria utilizar seu tempo para concretizar seus sonhos.

Outra máxima importante que dispensa comentários foi a seguinte: “o que diferencia um sonhador de um criativo é a capacidade do criativo de concretizar a fantasia.”

Para aquelas pessoas que gostaram do pouco que comentei sobre a palestra do Aleksandar Mandic, sugiro a leitura do livro :mandicas, que é composto por 167 frases. Estas apresentam a maneira de pensar e agir do empreendedor nato Mandic. Assim, se você é ou pensa que é empreendedor, sugiro a leitura deste livro.

Além disso, para saber mais sobre a história de sucesso do Mandic, recomendo, também, a leitura do livro Mandic.com.br - Uma História de Sucesso na Internet.

Escrevi a presente postagem com base na entrevista de Mandic ao Wnews, na sua palestra, proferida em 16/05/2007, no Campus do IBMEC São Paulo, e no seu livro :mandicas.