Pessoal, Todos que me conhecem sabem da minha paixão pelo empreendedorismo, das minhas iniciativas como empreendedor e de quanto gosto de difundir isso para disseminar o "vírus" empreendedor ao maior número de pessoas para que possamos ver nosso país, quem sabe em breve, não ser mais o "país do futuro". Para ilustrar mais uma vez um exemplo de empreendedorismo genuinamente brasileiro, aliás um dos empreendimentos por necessidade mais comum no Brasil, só que dessa vez comparável aos melhores exemplos de empresa rentável, lucrativa e extremamente bem gerenciada. Essa empresa chama-se Beleza Natural e tem apoio do Endeavor, outra iniciativa de grande valia para disseminar o "vírus" empreendedor no Brasil. Abaixo, confiram então a entrevista da empreendedora que trouxe esse lindo exemplo para vários brasileiros. Entrevista |
22/06/2007 |
A inspiradora história do Beleza Natural |
A obstinação marca sua trajetória. De gerente de loja da rede Mc Donald’s a empreendedora de sucesso, um longo caminho teve de ser percorrido. A história de Leila foi permeada por muitos desafios, a começar pela falta de dinheiro para divulgar o primeiro salão. “Tivemos que colocar muitas coisas em segundo plano, até mesmo a própria família”, afirma. Atualmente, o Instituto apresenta uma produtividade muito maior do que a de um salão normal, atendendo cerca de 800 pessoas por dia em cada loja. Em entrevista exclusiva, ela conta que a idéia é continuar crescendo. “Em 2008, pretendemos abrir uma filial em São Paulo”. Como surgiu a proposta o Instituto Beleza Natural? Leila – Foram duas histórias que correram em paralelo. De um lado, a Zica, apelido da Heloísa, minha cunhada, que com 21 anos resolveu ser cabeleireira e passou 10 anos pesquisando novas fórmulas que pudessem transformar o cabelo crespo. O Rogério, irmão da Zica e meu marido, ajudou no processo servindo como cobaia em determinados momentos. Eu e o Rogério, por outro lado, trabalhávamos no Mc Donald’s. Começamos como atendentes de lanchonete e fomos promovidos até chegar ao nível gerencial. Lá, aprendemos muita coisa sobre administração, trabalho em equipe, processos, controle de qualidade. Tínhamos vontade de abrir um negócio próprio. Resolvemos abrir o Instituto Beleza Natural juntando o produto da Zica, totalmente inovador, com uma técnica de gerenciamento de salão completamente diferente. A intenção era fazer com que os clientes se ativessem à empresa e não a um determinado profissional, como normalmente acontece em salões de beleza. E o primeiro salão? Leila – Nós não possuíamos recurso nenhum. O salão era superpequeno e não tínhamos dinheiro pra divulgação. Nós fazíamos da faxina à pintura na parede. Apesar disso, nós sempre tivemos um carinho muito grande com os clientes e o salão era sempre muito limpo, muito organizado. Aos poucos, no boca a boca, os próprios clientes trouxeram a família, seus amigos e, assim, fomos crescendo. Logo, precisamos distribuir senha de atendimento, pois não era viável atender a todos. Quantas pessoas vocês atendem por dia? Leila – Nós temos uma produtividade muito maior do que um salão normal: são até 800 pessoas por dia em cada loja. Hoje, nós temos ainda uma espera média de 4 horas para o atendimento. A senha ainda existe, mas continuamos com o mesmo desafio de crescer rápido. Do que vocês tiveram que abrir mão para investir no projeto? Leila – Tivemos de colocar muitas coisas em segundo plano, até mesmo a própria família. Se a pessoa não se dedica de corpo e alma ao negócio, não funciona. Na verdade, eu acho que a gente vai fazendo escolhas ao longo do tempo. Por exemplo: nós sempre optamos por reinvestir todo lucro no próprio negócio. Em alguns momentos tivemos que abrir mão de conforto pessoal, de algumas aquisições materiais. Acho que é isso que faz a empresa crescer e dar certo. Quais foram os desafios iniciais? Leila – Desafio é o que não faltou. A questão da credibilidade é muito séria. Para nós, abrir uma conta no banco era difícil, quem diria conseguir financiamento. Fornecedores também diziam que nossa idéia não interessava. Em função disso, acabamos construindo nossa própria fábrica para criar a inovação. Outro grande desafio é o número de impostos abusivos, que representa um custo enorme para a empresa. Na verdade, tudo é complicado para o pequeno. Na medida em que a empresa cresce, tendo um pouco mais de escala, as coisas ficam mais fáceis. Você pensou em desistir em algum momento? Leila – Não. Nós penamos bastante, mas desistir nunca. Quando abrimos a fábrica, estávamos abrindo uma nova unidade ao mesmo tempo. Então acabamos atrasando alguns impostos, mas nunca pensamos, por exemplo, em demitir as pessoas. Independentemente dos problemas, desistir jamais! Como o Beleza Natural mudou sua vida? Leila – Mudou tudo! Eu tinha um sonho e consegui transformar esse sonho em negócio. E o meu sonho transformou-se em sonho de centenas de pessoas. Hoje, nós temos 700 colaboradores. E percebemos que a transformação de nossas vidas multiplica-se na vida e na família de 700 pessoas, que daqui a pouco serão 1.000, 7.000! Alguns colaboradores falam para a gente: nessa empresa, eu voltei a sonhar, a acreditar que é possível. Acho que essa é a principal transformação: trazer a esperança, o sonho, fazer com que mais pessoas acreditem e continuem crescendo sempre. Qual a importância em ser um Empreendedor Endeavor? Leila – A Endeavor é esperança. Eu acho que ser um Empreendedor Endeavor é ter a certeza de que seu sonho é crível para você e um grupo muito fantástico de outros empreendedores, de voluntários e de pessoas que estão afim de fazer o país crescer, de dar oportunidade de emprego para outras pessoas. Empreender é dar oportunidade e a Endeavor é a oportunidade para a empresa, nos ajudando a tomar decisões estratégicas que vão viabilizar mais empregos, uma expansão mais rápida, mais segura e mais sólida. Ser um Empreendedor Endeavor é um grande privilégio, e eu gostaria que no Brasil, milhares de outras empresas pudessem ter a mesma oportunidade. Como a Endeavor auxiliou nas conquistas do Beleza Natural? Leila – Nós somos Empreendedores Endeavor desde 2005 e, no momento, estamos passando por um processo de reorganização para expansão, na qual a Endeavor é muito importante. A Endeavor também ajudou a criar novos planos de expansão. Para isso, duas equipes com profissionais de altíssimo nível do centro universitário americano Massachusetts Institute of Technology (MIT) passaram alguns meses conosco. A Endeavor ajudou muito na divulgação da empresa e por isso a marca Beleza Natural é muito mais conceituada. Quais são os desafios atuais? Leila – O principal deles é continuar crescendo cada vez mais rápido, sem perder a qualidade e mantendo a cultura de valorização das pessoas. Quanto mais você cresce, torna-se mais desafiador escolher as pessoas corretas, treiná-las da melhor forma para que elas consigam passar esse amor em servir adiante. Afinal, não adianta crescer sem manter essa qualidade. Também é um desafio conseguir financiamento para esse crescimento. Em 2008, pretendemos abrir uma filial em São Paulo. Existe hora certa para expandir o negócio? Leila – A hora é já! Acho que a forma é que deve ser muito pensada. No nosso caso, com a ajuda de alguns voluntários da Endeavor, nós fizemos uma análise muito séria de quais seriam as vantagens e as desvantagens de crescer por meio de franquias. No final, acreditamos que não seria a melhor escolha num primeiro momento. A velocidade do crescimento também deve ser calculada para que a empresa não se perca. Deve-se crescer de forma sustentada porque crescer rápido é fácil, mas manter esse crescimento de maneira sustentável é muito mais difícil. Quais foram as principais dicas da Endeavor na expansão? Leila – Um grande divisor de águas foi a análise para colocar um diretor-geral que assumisse o lado mais pragmático da gestão. Contratamos um diretor em novembro do ano passado e, de lá pra cá, nós sentimos um grande impacto positivo na empresa. E isso foi uma interferência direta da Endeavor, pois eles vieram nos conscientizando dessa necessidade ao longo do tempo. Como integrar uma equipe de colaboradores em constante crescimento? Leila – Nós procuramos fazer uma série de ações que começam na forma como nós tratamos os funcionários no dia-a-dia. Além disso, todos os sócios procuram servir de exemplo para os colaboradores em relação ao atendimento e postura. Para isso, nós desenvolvemos um calendário com eventos voltados para equipe. Um deles é o Cantina da Mama Zica, no qual oferecemos um dia de pizza para todos os colaboradores. A diretoria é quem faz a pizza, a massa, o recheio e nós servimos as mesas. Além do trabalho de integração, nós damos o exemplo de como nós queremos que nosso cliente seja servido. Quais são conselhos úteis para quem ter um negócio próprio? Leila – A principal questão é acreditar muito no sonho. Acreditar que é possível, por mais difícil que seja, por mais obstáculos que você encontre. Você precisa acreditar muito e saber que vai passar por coisas muito difíceis, por momentos desafiadores, por momentos onde você não terá nada para te sustentar além do seu próprio sonho. Além disso, novos empreendedores devem manter o pé no chão e procurar saber se seu sonho é viável, avaliando o mercado e a concorrência para que seu negócio esteja o melhor estruturado possível. E como separa razão e emoção no trabalho em família? Leila – É um desafio todos os dias. A gente tem que ter claro que o lado sentimental deve ser separado do lado profissional e olhar com muito respeito e admiração aqueles pontos complementares aos seus. Nós somos quatro e nossa complementaridade funciona muito bem nos negócios. É importante definir um critério de como as decisões serão tomadas, pois quando surge uma diferença de opinião, devemos saber como essa diferença será gerida. |
Fonte: Instituto Empreender Endeavor |
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Empreendedorismo no Salão de Beleza!!!
Postado por Bruno Weiblen às 07:12 20 comentários
domingo, 10 de junho de 2007
Keith Ferrazzi: “Networking Action Plan”
Estou lendo o livro "Nunca Almoce Sozinho!" do autor Keith Ferrazzi. Já no capítulo 3 encontrei um interessante “Networking Action Plan” (Plano de Ação de Networkting) que em minha ótica é um complemento essencial a qualquer planejamento estratégico realizado em qualquer espécie de negócio. Atualmente, manter e conquistar clientes depende de uma consistente política de relacionamento. Ademais, a rede de relacionamentos de qualquer pessoa é como a web, quanto mais pessoas entram na rede mais ela vale.
Transcrevo o breve resumo do modelo de plano de networking descrito no livro:
“O Plano se subdivide em três partes: a primeira parte é dedicada ao desenvolvimento das metas que nos ajudarão a cumprir nossa missão. A segunda parte é dedicada a aproximar essas metas de pessoas, lugares e coisas que nos ajudarão a levar a tarefa a bom termo. E a terceira parte ajuda a decidir a melhor forma de entrar em contato com as pessoas que nos ajudarão a conquistar nossas metas.”
Basicamente, o plano proposto por Ferrazzi inclui algo pouco descrito na literatura de planejamento: “quais pessoas precisamos atingir? Como iremos atingir tais pessoas?”
Assim, uma recomendação para os planejadores é pensar também naquelas pessoas que são essenciais para fazer o plano dar certo. Portanto, não basta saber quais instituições, empresas e pessoas queremos como cliente, é preciso perguntar-se: quem devemos conhecer para viabilizar a captação dessas pessoas como clientes? Quem pode ajudar e facilitar a execução das metas fixadas no planejamento estratégico?
Recomendo a leitura do livro para aqueles interessadas em dar um “upgrade” em seus planos.
“O Plano se subdivide em três partes: a primeira parte é dedicada ao desenvolvimento das metas que nos ajudarão a cumprir nossa missão. A segunda parte é dedicada a aproximar essas metas de pessoas, lugares e coisas que nos ajudarão a levar a tarefa a bom termo. E a terceira parte ajuda a decidir a melhor forma de entrar em contato com as pessoas que nos ajudarão a conquistar nossas metas.”
Basicamente, o plano proposto por Ferrazzi inclui algo pouco descrito na literatura de planejamento: “quais pessoas precisamos atingir? Como iremos atingir tais pessoas?”
Assim, uma recomendação para os planejadores é pensar também naquelas pessoas que são essenciais para fazer o plano dar certo. Portanto, não basta saber quais instituições, empresas e pessoas queremos como cliente, é preciso perguntar-se: quem devemos conhecer para viabilizar a captação dessas pessoas como clientes? Quem pode ajudar e facilitar a execução das metas fixadas no planejamento estratégico?
Recomendo a leitura do livro para aqueles interessadas em dar um “upgrade” em seus planos.
Postado por Lucas Cassiano às 21:17 0 comentários
Marcadores: Networking, Planejamento Estratégico
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