No tempo que tenho dedicado à elaboração de planos, campanhas e estratégias para meu negócio, consegui reavaliar alguns dos motivos das falhas e dos acertos dessas linhas de ação, a fim de revisar visão, posicionamento e pretensões futuras.
Da minha experiência pessoal, foi possível perceber que a boa gerência e a implementação eficaz de estratégias em um escritório de advocacia, como em qualquer negócio, estão, inevitavelmente, ligadas a um conteúdo subjetivo do ser humano que não pode ser negligenciado: significado pessoal que gera comprometimento pessoal.
Nesse sentido, conforme comentei no post Planejamento Estratégico x Imagem da Administração: (re)definindo visão, quando você consegue traduzir seu plano em uma síntese de perspectiva individual, observará que seu comprometimento com a execução dele ficará mais intensa.
Assim, de nada servem belas arquiteturas estratégicas formalizadas em um processo de planejamento estratégico, caso tais arquétipos não sejam passíveis de tradução pessoal. Sem essa possibilidade de conversão do plano para um significado pessoal, as estratégias e objetivos almejados estarão tão desligados da realidade e dos sonhos da equipe que não poderão ser implementados.
Encontrei duas passagens interessantes do professor Mintzberg sobre o tema tratado neste post:
“O compromisso profundo, o apoio sem reservas, é um pré-requisito necessário para a busca bem-sucedida de cursos de ação difíceis. E o comprometimento parecer vir do controle pessoal, uma sensação de propriedade de um projeto (daí a popularidade da palavra, “defensor”), que não seja profundamente restringido pelas condições específicas dos planos formais nem pelo desligamento dos chamados cálculos objetivos.” (Mintzberg, Henry. Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico. P. 147)
Segue o pensamento:
“As estratégias pretendidas não têm valor em e por si mesmas; elas só passam a ter valor quando pessoas empenhadas as enchem de energia (parafraseando Selznick, 1957). É por isso que todo problema de implementação também é um problema de formulação – não somente para as estratégias reais concebidas, mas também para o processo pelo qual ocorre a concepção.” (Mintzberg, Henry. Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico. P. 147)
Dessa maneira, o modo como você conceberá suas estratégias (planejamento estratégico, estratégia emergente, etc.) e irá implementá-las não possui valor intrínseco, tal valor decorrerá do empenho pessoal dedicado ao processo de concepção-implementação. Assim, a força do referido empenho está baseada no subjetivismo do comprometimento e da paixão pessoais dispensados ao seu projeto de negócio. Logo, utilizar a melhor técnica de planejamento estratégico com uma matriz SWAT de última geração e o mais moderno modo de controle de implementação (e.g. Balanced Scorecard - BSC), será desperdício de energia, caso sua equipe não assuma a elaboração e a realização das estratégias com paixão e fé.
Penso que as pessoas, via de regra, não constituem o problema do insucesso dos planos traçados para um negócio específico, pois o grande defeito parece estar ou na ausência de criatividade do “estrategista” para inventar alternativas ao fracasso formulatório-implementativo ou na relutância deste em reconhecer que certas estratégias efetivamente não servem para o seu negócio.
Como você pretende, por exemplo, trabalhar com certo produto ou serviço se ninguém dos sócios ou colaboradores da empresa, incluindo você, consegue cumprir o compromisso executar uma mínima ação para criação ou melhoramento do produto ou serviço?
O sucesso das competências estratégicas escolhidas, dos projetos elaborados, das tarefas diárias e do próprio negócio, somente será possível baseada no comprometimento pessoal de cada membro da equipe. Essas pessoas devem aplicar fé e emoção na busca dos objetivos, a fim de liderar e inspirar todos na realização de uma visão coletiva que pode ser, por exemplo, tornar-se referência nacional no fornecimento de determinado produto ou serviço em seu mercado alvo.
Portanto, significado pessoal gerador de comprometimento pessoal é a palavra de ordem para uma estratégia bem sucedida. Se não existirem tais fatores, risque sua estratégia e comece já a traçar novos caminhos e alternativas, pois a formulação não está adequada. Contudo, tenha cuidado com uma flexibilização excessiva de sua estratégia, pois uma falta demasiada de consistência estratégica pode gerar desperdício de energia. Este cria uma situação na qual tudo o que você elabora não chega ao final por não ter sido conferido o devido tempo para assimilar e maturar o comportamento necessário na equipe, circunstância que impossibilitará a obtenção de sucesso em suas estratégias.
Se é certo que funcionamos melhor quando podemos conceber algumas coisas como certas, ao menos por algum tempo, também é correto afirmar que uma consistência tola é inimiga da criatividade. Esta floresce na inconsistência e possibilita descobrir novas combinações de fenômenos ambientais (Safári de Estratégia, Mintzberg p. 22) para torná-las em estratégias melhores para seu negócio. Logo, cuidado na insistência excessiva em planos restritivos de sua capacidade inventiva e desconectores da atual ou da futura realidade gerencial do seu negócio.
Como saber o grau de consistência necessário para o sucesso? Isto somente será percebido por meio da experiência prática, do conhecimento de seu mercado e através do conhecimento profundo de quem são as pessaos da sua equipe.
Com esta breve reflexão espero ter passado a importância do significado e do comprometimento pessoais na formulação e implementação das estratégias, bem como espero ter alertado aos empresários sobre as duas faces da consistência estratégica.
Da minha experiência pessoal, foi possível perceber que a boa gerência e a implementação eficaz de estratégias em um escritório de advocacia, como em qualquer negócio, estão, inevitavelmente, ligadas a um conteúdo subjetivo do ser humano que não pode ser negligenciado: significado pessoal que gera comprometimento pessoal.
Nesse sentido, conforme comentei no post Planejamento Estratégico x Imagem da Administração: (re)definindo visão, quando você consegue traduzir seu plano em uma síntese de perspectiva individual, observará que seu comprometimento com a execução dele ficará mais intensa.
Assim, de nada servem belas arquiteturas estratégicas formalizadas em um processo de planejamento estratégico, caso tais arquétipos não sejam passíveis de tradução pessoal. Sem essa possibilidade de conversão do plano para um significado pessoal, as estratégias e objetivos almejados estarão tão desligados da realidade e dos sonhos da equipe que não poderão ser implementados.
Encontrei duas passagens interessantes do professor Mintzberg sobre o tema tratado neste post:
“O compromisso profundo, o apoio sem reservas, é um pré-requisito necessário para a busca bem-sucedida de cursos de ação difíceis. E o comprometimento parecer vir do controle pessoal, uma sensação de propriedade de um projeto (daí a popularidade da palavra, “defensor”), que não seja profundamente restringido pelas condições específicas dos planos formais nem pelo desligamento dos chamados cálculos objetivos.” (Mintzberg, Henry. Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico. P. 147)
Segue o pensamento:
“As estratégias pretendidas não têm valor em e por si mesmas; elas só passam a ter valor quando pessoas empenhadas as enchem de energia (parafraseando Selznick, 1957). É por isso que todo problema de implementação também é um problema de formulação – não somente para as estratégias reais concebidas, mas também para o processo pelo qual ocorre a concepção.” (Mintzberg, Henry. Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico. P. 147)
Dessa maneira, o modo como você conceberá suas estratégias (planejamento estratégico, estratégia emergente, etc.) e irá implementá-las não possui valor intrínseco, tal valor decorrerá do empenho pessoal dedicado ao processo de concepção-implementação. Assim, a força do referido empenho está baseada no subjetivismo do comprometimento e da paixão pessoais dispensados ao seu projeto de negócio. Logo, utilizar a melhor técnica de planejamento estratégico com uma matriz SWAT de última geração e o mais moderno modo de controle de implementação (e.g. Balanced Scorecard - BSC), será desperdício de energia, caso sua equipe não assuma a elaboração e a realização das estratégias com paixão e fé.
Penso que as pessoas, via de regra, não constituem o problema do insucesso dos planos traçados para um negócio específico, pois o grande defeito parece estar ou na ausência de criatividade do “estrategista” para inventar alternativas ao fracasso formulatório-implementativo ou na relutância deste em reconhecer que certas estratégias efetivamente não servem para o seu negócio.
Como você pretende, por exemplo, trabalhar com certo produto ou serviço se ninguém dos sócios ou colaboradores da empresa, incluindo você, consegue cumprir o compromisso executar uma mínima ação para criação ou melhoramento do produto ou serviço?
O sucesso das competências estratégicas escolhidas, dos projetos elaborados, das tarefas diárias e do próprio negócio, somente será possível baseada no comprometimento pessoal de cada membro da equipe. Essas pessoas devem aplicar fé e emoção na busca dos objetivos, a fim de liderar e inspirar todos na realização de uma visão coletiva que pode ser, por exemplo, tornar-se referência nacional no fornecimento de determinado produto ou serviço em seu mercado alvo.
Portanto, significado pessoal gerador de comprometimento pessoal é a palavra de ordem para uma estratégia bem sucedida. Se não existirem tais fatores, risque sua estratégia e comece já a traçar novos caminhos e alternativas, pois a formulação não está adequada. Contudo, tenha cuidado com uma flexibilização excessiva de sua estratégia, pois uma falta demasiada de consistência estratégica pode gerar desperdício de energia. Este cria uma situação na qual tudo o que você elabora não chega ao final por não ter sido conferido o devido tempo para assimilar e maturar o comportamento necessário na equipe, circunstância que impossibilitará a obtenção de sucesso em suas estratégias.
Se é certo que funcionamos melhor quando podemos conceber algumas coisas como certas, ao menos por algum tempo, também é correto afirmar que uma consistência tola é inimiga da criatividade. Esta floresce na inconsistência e possibilita descobrir novas combinações de fenômenos ambientais (Safári de Estratégia, Mintzberg p. 22) para torná-las em estratégias melhores para seu negócio. Logo, cuidado na insistência excessiva em planos restritivos de sua capacidade inventiva e desconectores da atual ou da futura realidade gerencial do seu negócio.
Como saber o grau de consistência necessário para o sucesso? Isto somente será percebido por meio da experiência prática, do conhecimento de seu mercado e através do conhecimento profundo de quem são as pessaos da sua equipe.
Com esta breve reflexão espero ter passado a importância do significado e do comprometimento pessoais na formulação e implementação das estratégias, bem como espero ter alertado aos empresários sobre as duas faces da consistência estratégica.
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